quarta-feira, 27 de março de 2013

alone


Ela vivia sozinha, sozinha num mundo onde ninguém a conseguia compreender.
Sozinha não de pessoas, cheia delas, cheia de supostas pessoas que poderiam partilhar o mesmo céu, mas vidas e pensamentos completamente diferentes daqueles que ela sabia que não encaixavam em todo aquele puzzle que não fazia sentido se não fosse acabado.
Tudo o que ela tinha de repente desaparecia como um tapete mágico, que a atirava ao chão...
Ela tentava apanhar todos os cacos partidos do coração, da alma, mas estava tudo partido.
Faltava alguma peça, faltava a força para conseguir sair do chão e levantar a alma o mais alto que conseguisse.
Ela ia conseguir de alguma forma, de alguma forma alguma coisa tinha de dar certo, podia não ser naquele exacto momento, mas acreditar era a melhor força que podia arranjar.
Sair do chão era a prioridade, mas, acabar o puzzle também...
A decisão era difícil, mas primeiro levantar e depois fazer o melhor possível.
Pensou ela que chorar, estar no chão, não ter força, pensar em desistir teria de deixar tudo isso para trás e lutar, sair, levantar, viver e amar!
Amar algo, alguém, quem quisesse mesmo que ninguém soubesse, mesmo que ninguém imagina-se.
Aquele teria de ser o mundo dela, o mundo de vida.

Luísa Catarina


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